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Governo regulamenta execução do Orçamento com foco em controle do ritmo de gastos

Medida tem como principal objetivo garantir o cumprimento da meta de resultado primário neutro — ou seja, déficit zero — estabelecida na Lei de Diretrizes...

Governo regulamenta execução do Orçamento com foco em controle do ritmo de gastos
Governo regulamenta execução do Orçamento com foco em controle do ritmo de gastos (Foto: Reprodução)

Medida tem como principal objetivo garantir o cumprimento da meta de resultado primário neutro — ou seja, déficit zero — estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira (30) o decreto que regulamenta a execução orçamentária e financeira da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025. A norma, publicada em edição extra do Diário Oficial da União, define como o governo poderá gastar os recursos públicos ao longo do próximo ano, estabelecendo regras para despesas primárias não obrigatórias, inclusive emendas parlamentares. A medida tem como principal objetivo garantir o cumprimento da meta de resultado primário neutro — ou seja, déficit zero — estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Para isso, o decreto confere à ministra do Planejamento, Simone Tebet, e ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, poderes para ajustar o cronograma de gastos conforme a necessidade fiscal do governo. Eles poderão antecipar, postergar, remanejar, ampliar ou restringir os valores liberados para despesas a cada etapa do ano. Governo apresenta principais dados para o orçamento do ano que vem O decreto também especifica que, no caso das despesas vinculadas ao Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), a Secretaria do programa (SPAC) deverá ser consultada previamente sobre eventuais mudanças de cronograma ou limites de pagamento. Outro ponto importante do decreto é o prazo para empenho de despesas. As despesas primárias não obrigatórias devem ser empenhadas até 2 de dezembro de 2025 — com exceção das emendas parlamentares individuais e de bancada (RP6 e RP7). As demais poderão ser empenhadas até 31 de dezembro. A regulamentação vem na esteira da sanção da LOA 2025, ocorrida em 10 de abril. O orçamento total prevê R$ 14,5 bilhões de superávit primário, respeitando os parâmetros do novo arcabouço fiscal. Entre os destaques da peça orçamentária estão R$ 226,4 bilhões para educação, R$ 245,1 bilhões para saúde e R$ 57,6 bilhões destinados ao Novo PAC. O salário mínimo projetado para o próximo ano é de R$ 1.518, com ganho real de 2,5% acima da inflação.